terça-feira, 12 de outubro de 2010

A magia de um processo


Quem não se fascina ao olhar para a lua?
Ainda mais quando esta se mostra por completo...
Quem não se fascina diante de seu brilho, de sua proximidade, coloração...
Impossível passar ileso por tamanha visão...
Porque será que as pessoas não se fascinam tanto pela lua em todas as suas fases?
Só comentam, só se emocionam, só admiram o momento ápice da lua...
Quando pronta, brilhosa e próxima...
O resultado é mais valorizado e admirado que o processo
O belo encontra-se apenas no final e os intermédios nada mais são que partes ocultas...
Esquecem-se que o sucesso dos finais é totalmente dependente do fechamento das crises do processo...
E mais ainda, que esse brilho esteve sempre presente desde o inicio...
E que o mais fascinante é justamente conseguir enxergar o brilho em todas as fases do processo...
Seja sem luz, com pouca ou com muita luz...
Nem todo brilho é ofuscante e intenso
Nem toda dor é tão forte que não cesse
É importante entender que a existência é um todo que se divide em partes...
Partes com importâncias e valores diferenciados...
E que é na relação dessas partes que o todo funciona...
O sucesso nada mais é que um funcionamento harmonioso das partes
Nem todo fim é glorioso
Nem todo intermédio é desestruturado
Até mesmo nas tempestades existem brilhos
Assim como existe vida na escuridão...

(Enildo Duarte)